Luís de Camões
Vinha Luís de Camões a passear ao longo do areal, com umas páginas soltas na mão, algumas escritas, outras somente em mau estado.
Luís - Sinceramente não sei que se passa comigo, por vezes sinto que não sei quem sou, quem serei eu afinal?
Alguém que escreve numas simples folhas?
Alguém a quem a vida sorri, ou não…
Serei alguém que em tempos possuiu uma vida boémia?
Se calhar sou só um pobre poeta.
Ou então não…
A minha alma está confusa, serei eu aquilo que faço parecer? Ou apenas um simples poeta que procura por ai o seu amor perdido?
Sou eu, sou o que sou.
Serei de certo alguém, que se exprime através de poemas, que faz das palavras sua vida e que fugiu por um trágico amor.
Sou certamente um mortal mas que não deixará que as suas palavras caiam no esquecimento.
Pretendo marcar!
Quero que saibam que um dia nasci e que lutei pelo aquilo em que acredito!
Sofri e continuo a sofrer, pois valo mais do que a mera atenção que recebo.
Neste momento encontro-me em África, fugido de algo ou alguém…
Mas quem quer saber?
Sou e serei até morrer apenas um poeta que dá a vida pelas palavras.